Amizade
"You got a friend" de James Taylor passava às escondidas porque ainda não era tempo para cantar a solidariedade.
Tenho um amigo, não imaginário como as outras crianças, mas alto e forte que me segura a mão para dar os meus primeiros passos.
Figura austera mas doce, sorriso envergonhado porque estar sério é encarar a vida como ela deve ser encarada, com muita seriedade. Olho para cima e vejo o meu protector contra tudo e contra todos, aquela figura de pedra nunca deixaria que me fizessem mal. Asfixia mas ao mesmo tempo evita que caia nas pedras da calçada, não me larga a mão e discute com todos, quando me sente a balançar nas mãos de outros.
As palavras não são necessárias, os olhos comunicam por si só enviando cascatas de palavras com e sem sentido para alguém que só quer tropeçar para conhecer o alivio que é sarar uma dôr. Muito tarde as senti, demasiado tarde...
Com o passar do tempo os meus interesses divergem dos dele, não lhe dei tempo para me acompanhar de mão dada. Larguei-lhe a mão e corri desesperado à procura de nada.
Continuo a adiar o momento de lhe dizer nos olhos que o amo mais que a mim próprio, e os dias passam sem que o consiga fazer... Passou-me demasiadamente bem a seriedade hereditária nos genes comuns. Eu tenho tempo para mudar, só preciso da coragem ou da paz para lhe dizer o que sinto. Não vou esperar pelo momento em que ele já não me possa responder com um sorriso aberto que sempre me negou. Não vou...!
Tenho um amigo, não imaginário como as outras crianças, mas alto e forte que me segura a mão para dar os meus primeiros passos.
Figura austera mas doce, sorriso envergonhado porque estar sério é encarar a vida como ela deve ser encarada, com muita seriedade. Olho para cima e vejo o meu protector contra tudo e contra todos, aquela figura de pedra nunca deixaria que me fizessem mal. Asfixia mas ao mesmo tempo evita que caia nas pedras da calçada, não me larga a mão e discute com todos, quando me sente a balançar nas mãos de outros.
As palavras não são necessárias, os olhos comunicam por si só enviando cascatas de palavras com e sem sentido para alguém que só quer tropeçar para conhecer o alivio que é sarar uma dôr. Muito tarde as senti, demasiado tarde...
Com o passar do tempo os meus interesses divergem dos dele, não lhe dei tempo para me acompanhar de mão dada. Larguei-lhe a mão e corri desesperado à procura de nada.
Continuo a adiar o momento de lhe dizer nos olhos que o amo mais que a mim próprio, e os dias passam sem que o consiga fazer... Passou-me demasiadamente bem a seriedade hereditária nos genes comuns. Eu tenho tempo para mudar, só preciso da coragem ou da paz para lhe dizer o que sinto. Não vou esperar pelo momento em que ele já não me possa responder com um sorriso aberto que sempre me negou. Não vou...!
1 Comments:
Quando tudo parecia perdido, quando a mão já só se vislumbrava por entre os fios de luz que atravessavam o azul do meu mar doce...
Quando já sonhava no limbo da vida, nessa imensidao profunda... SINTO UM PUXÃO.
Algo me puxa para cima, algo me empurra para a luz, para a leveza de pura e simplesmente ser.
Alguém que nao ele, nem ela. Alguém que nunca tinha visto, que por mim não tinha qualquer obrigação. Deu-me a mao e ensinou-me a viver.
Por isso, tem coragem e vai.
ISIS
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