mar doce

mar e doce é o amor...

2007/01/02

Liberdade

Os cravos sairam à rua num dia de Abril...
Aos 4 anos a sensação de liberdade é muito relativa, nunca me senti preso a nada, apenas aos pombos e pavões da mãe d'água que soltei um ano antes do meu pensamento.
Tenho a felicidade de nunca ter sentido a necessidade de pensar antes de falar, e tantos dissabores que isso me tem trazido... A liberdade de poder ler, escrever, falar é um dado adquirido desde sempre. Tenho "inveja" de não poder dar o valor correcto ao sentido da expressão... Só damos o real valor à liberdade quando em algum momento das nossas vidas ela nos foi retirada, é falso pensarmos que a liberdade que para nós foi conquistada nos pertence e que é assunto de outros mantê-la e preservá-la.
Todos os dias, quando o sol desponta no horizonte fazemos questão de reafirmar a nossa pequenez, ao desprezar o simples facto de acordarmos livres de espirito e pensamento...
Liberdade rima com felicidade, solidariedade, maternidade e essencia de recomeço... com mar salgado e libertador e com a docura das coisas simples da existência, como o toque singelo de alguém que nos diz amar e que nos liberta da nossa viagem de rumo incerto.