mar doce

mar e doce é o amor...

2008/06/15

7

Num excesso libertador, ecoam no ar os sons do punk revolucionário e provocatório dos "filhos" da monarquia europeia, que aqui chegam como uivos ferozes e aterradores, demasiado tempranos para a acalmia desejada pelo povo da jangada de pedra.
Ano de 7 e 7, que bem poderiam ser 14 no meu caderno dos deveres, mas que só por sí desencadeiam a sua influência mistica a compensar os devaneios de uma geração amordaçada e que agora solta os primeiros sons do que viria a ser a década de perfeição depois dos esperimentalismos, preparam-se as musicas que iriam marcar definitivamente a minha vida, presente e futura.
A 33 e a 45 rpm, 10 a 12 faixas de 3 a 6m, saiam de uma agulha e transformavam-se em magia, ou propagadas através do ar para dentro de uma caixa, ouvia-se a rádio que me ensinaria mais tarde a fabricar ilusões para milhares (como gosto de pensar...), ou talvez intimamente, só para mim.